Mensagem da Conjunção Sol-Lua-Mercúrio em Escorpião

👶

El Niño

El Niño (Criança ou Filho) 

é um dos fenômenos da Grande Mãe,

inclinada, sempre Amorosa em Sua Eterna Jornada,

para Proteger Su Niño (Seu Filho),

na incessante busca do Equilíbrio e da Auto-Reconciliação,

a fim de manter habitável nossa AoBemSoada Morada,

ao mesmo tempo em que abre-se à Alter-Reconciliação,

no caso, o Homo Sapiens, já esquecido do próprio Coração.

💦

Chuvas torrenciais,

vindas das Espoliadas Florestas Tropicais,

inundam e isolam o Sul;

Estiagens descomunais,

enviadas pelos Irreverenciados Ventos Ancestrais,

ressecam e assolam o Norte;

☀️

Um céu insistentemente nublado,

contrasta com um céu constantemente azulado,

entre Sul e Norte,

para nos enviar Mensagens Astrais que nos falam da Vida e da Morte,

do Amor e da Sorte,

de Almas vestidas de Corpos Carnais.

🌎

Num Chão diuturnamente molhado,

num Sertão ComFormadaMente desidratado,

arrastam-se homens e mulheres m'aguados,

jogando um jogo de vida e morte,

brincam com a própria sorte,

acuados pela iminência da morte,

sem identidade, sem passaporte.

🦄

Os escorpiões que brotam das Entranhas Estupradas do Sudeste,

assim como do chão árido do Nordeste,

e que são considerados uma peste,

representam nada mais, nada menos,

que as Artimanhas Humanas de Autodestruição,

travestidas no Símbolo da Auto Regeneração,

para o que, a morte é irrevogável condição.

🌗

Sol, Lua e Mercúrio em Conjunção,

no Signo e na Casa de Escorpião,

apontam para o lado espúrio da nossa Humana Condição que,

para um Navegar tranquilo nas Águas Turvas das Cavernas do Regente Plutão,

precisa submeter-se às Leis da Grande Vida,

entre o Ferrão e a Ferida,

entre o Sim e o Não,

pelas Fecundas Trilhas da Devoção.

☯️

Não há Grande nem Pequeno, nem Feio, nem Bonito.

Tudo o que há é Sereno, e não passa do Infinito.

Não há Mal nem Bem, nem Bandido, nem Refém.

Tudo o que há não vale um vintém,

não passa da Escolha de Dar sem olhar a quem.

Não há Inferno nem Céu, nem Juiz, nem Réu.

Tudo o que há não passa de Bruma e Véu,

um risco de giz num pedaço de papel.

Não há Vida nem Morte, nem Começo, nem Fim.

Tudo o que há não passa de Abandono à Própria Sorte,

um mero Adereço,

uma existência sem preço,

num eterno Samsárico Festim.

🌱

Entre Mortes e Renascimentos,

sempre os mesmos Argumentos:

Errar é humano.

Portanto,

tudo é feito atrás das cortinas

e em baixo dos panos.

E a sujeira,

um carrossel de besteira,

montanhas de bens finitos que viram poeira,

é toda varrida para debaixo do tapete,

entre o vício e o voto,

o cortejo e o cacoete.

Entre as Cavernas e as Estrelas,

que nossos olhos ainda possam vê-las!

há uma Inefável Imensidão,

alcançada apenas pela Escuta Atenta

e pela Sacralidade da Gratidão

🙏