Mensagem de Afrodite

O Poder da Solitude

O equilíbrio é alcançado pelo Trabalho Manual, pela Contemplação,

pelo Trabalho Intelectual, pelo Culto e Reverência à Natureza,

pelo Trabalho Social e o Serviço,

pela Solitude e o Silêncio, a Dimensão do Juízo,

unidos e abençoados  pela Graça da Lágrima e do Sorriso.

O poder engendrado por essa união, a partir de uma atitude apaixonada,

nos conduz, invariavelmente, à Devoção;
a Devoção, inevitavelmente, nos leva à Meditação;
a Meditação nos ilumina o caminho de volta para Casa.

Quando vislumbramos o caminho, tal qual o cavalo que, ao perceber-se no rumo de "casa", apressa o trote pela ânsia de chegar logo e se desfazer dos arreios que o limitam e aprisionam, e, dessa forma, encontrar o alívio de galopar livremente pelos campos, sem as amarras que o tencionavam, também nós, confiantes nessa certeza interior, aceleramos o passo do nosso processo evolutivo, buscando novas teorias e novas práticas, fazendo novas escolhas e abandonando hábitos obsoletos e restritivos, ao passo que iniciamos um novo diálogo interno e criamos uma nova Narrativa de vida para a Vida.

Nesse instante, começamos um novo relacionamento, e passamos a conhecer mais intimamente o Ser que nos habita o corpo, bem como a Poesia que nos recita a alma.

O tema da solidão (Solitude) é importante no que diz respeito à saúde mental pessoal, porque ser presente a si mesmo é um pré-requisito para ser presente ao outro. Além disso, a existência de lugares e horários para a Solitude individual também influencia a qualidade da vida grupal: a necessidade de retiro torna-se mais premente na medida em que a vida em grupo (ou família) se torna mais intensa (Ginette Paris, no livro Meditações Pagãs).

O poder gerado por essa congruência de valores e fatores, especialmente pela dimensão sagrada do Silêncio Solitário, evita o enfraquecimento do indivíduo e suas associações, preservando-o de uma identificação demasiada com o grupo familiar ou social do qual faz parte.

Eis o verdadeiro poder de escolha.

Eis o Líder que nos habita, à espera de uma oportunidade bem dita.