Mensagem de Plutão

A Sonda que nos Sonda


A Sonda chega à Sonda que nos Sonda!

A Sonda New Horizon chega à Plutão: a Sonda que nos Sonda.
Aqui, chegamos ao limiar dos Horizontes que nos são Pontes.
O pequeno grande misterioso Plutão faz das Tripas Coração para varrer toda nossa excrescência, bem como nossa urinária incontinência, que não tem sido pouca, em meio à consumação louca, na tentativa de nos salvar de tudo o que entra em nossa boca.
Porém, de acordo com nosso Guia, que nos aponta o Sol do Novo Dia,
todo o mal não é o que entra, mas o que sai, pois a intenção e o pensamento vão muito além do que se consome, da fome e da estrela que cai.
A intensidade de Plutão sonda para além da meia verdade da tua ilusão; A profundidade das Cavernas de Plutão sonda as marcas profundas nas grutas do teu coração;
As alturas dos abismos de Plutão envolvem e atraem para si toda a tua confusão;
O detetive Plutão investiga as entranhas da tua mansão, entra nos quartos, abre as gavetas, revira a dispensa e invade a intimidade do teu porão, remove as pedras do teu muro, acende a luz do Templo escuro, intercepta tua comunicação, esparrama as tuas mentiras (iras da mente que mente), tuas tristezas e tuas iras em cada milímetro do teu chão.
Teu pudor e a tua dor são jogados no foço do teu horror, teu lamento e teu argumento são queimados na chama do Hades Imortal Senhor, a maior expressão do terror!
Nada será como antes, pois o Nada sempre é, nunca muda, nunca nasceu, nunca morreu!
Tudo voltará ao Nada, onde Tudo acontece, onde Tudo cresce,
onde Tudo transparece, floresce e fenece.
Tudo.
Tudo o que pensavas teu, cedo ou tarde, perceberás a errância que te sucedeu.
Bem Aventurado aquele que come o Pão que o Diabo amassou,
em troca de Nada que lhe deu Tudo que o Nada criou!
Por Nada, eu atravesso o Deserto, ando no Caminho Incerto,
mantenho meu Sopro Desperto.
Tudo apenas para sentir Nada sempre por Perto.
Por Nada, entrego Tudo,
por Nada, eu abro mão de Tudo,
pois bem sei que Tudo me leva a Nada.
Nada sei, Nada sou, Nada tenho, Nada me cativou.
Por isso, no Nada me encontro, e é para o Nada que eu vou.
No Silêncio, escuto Nada, e descubro onde estou.
Na Solitude, encontro Nada,
e, solitário,
não sozinho,
sigo Nada no Caminho,
em Tudo que faço, em Tudo que sou.
Em cada gesto,
em cada abraço,
em cada olhar,
na bênção do meu Sorriso,

minha recompensa é Nada em Tudo que dou.

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