Mensagem de Netuno

Ano Novo: O Amor que Liberta

O Amor que Liberta é Água no Deserto, é Cheiro de Flor sempre por perto;
O Amor que Liberta mantém sempre a porta aberta, nada esconde, mas Esconde-se, não finge, mas atinge, permeia, rodeia, cerca e clareia, vê na Páscoa o que é da Páscoa, no Natal o que é do Natal, no Ano Velho o que não serve mais, no Ano Novo, honra, antes de tudo, os Elementos Ancestrais, nossos Deuses e Deusas Primordiais, que, na Eternidade do Agora, distribuem-se assim, pelo Céu Zodiacal, no Instante Sagrado do Último Pisciano Grau.
Agni, o Fogo Universal, e suas Salamandras que, no Céu deste Instante AoBemSoado, Habita as Casas de Áries, com Urano, o Senhor do Tempo Absoluto e do Amor além do Sol e do Sal, além do Bem e do Mal, da Celebração e do Luto, de Leão, com a Lua, a Senhora das Águas da Corrente e da Comunhão, das Contingências e da Confusão, do Inusitado e da Ilusão, de Sagitário, com Saturno, o Senhor do Tempo Relativo, entre o Objeto e o Objetivo, entre o Sujeito e o Subjetivo, entre o Pessoal e o Humano, o que parece Espiritual e o que parece Mundano, e Marte, o Aventureiro das Paixões, entre as Princesas e as Prisões, Príncipes Sapos e Ladrões, mas, também, o Guerreiro da Grande Jornada de Cura, que Encontra, pela Magia do Encontro, entre o Conflito e o Confronto, tudo o que Quer e Procura, sempre em Prontidão, nunca Pronto, o Impecável Samurai do Fio da Navalha, o Assertivo que também falha, entre a Força e a Candura, entre a Sanidade e a Loucura.
Varuna, a Água da Vida, e suas Ondinas que, no Ventre do Agora Fecundo, as Entranhas Inacessíveis do Grande Mundo, deixa as Casas de Câncer e de Escorpião vazias, a fim de que recebam, de Plutão, no Outro lado da Roda, toda Força e Energia, de modo a Limpar, do Lar e da Moradia, arrastar tudo o que acomoda, para preparar a Hora e o Lugar, para o Ano Novo que Inicia. Por outro lado e do Outro Lado, deixa a Casa de Peixes repleta de Ilustres Visitantes que, entre o Etérico e o Elegante, entre o Mistério e o Desconcertante, enche de Amor os Amantes, apresentam a Dor ao Eterno Caminhante. Dentre eles, o Anfitrião Netuno, o Senhor dos Mares e das Marés que, entre o Infinito Amor e as Profundezas da Dor, aponta e apronta os Caminhos da Fé, e recebe o Sol que vem aquecer as Águas e fazer Transbordar as M'águas, Iluminar o Espaço, Renovar o Abraço, Fortalecer o Passo, e dar Novo Ritmo ao Compasso, Abrir os Portais, esvaziar os Cômodos de tudo o que cabia, mas já não serve mais, para Trazer o Novo Dia, entre a Tristeza e a Alegria, para os que Dormem, os que Sonham, os que Acordam e Partilham do Sonho, e os que já não Acordam mais, acompanhado de Mercúrio, o Mensageiro Intermitente, entre Passado e Presente, entre Terra e Céu, por entre Brumas e Véus, o Mestre Menestrel, Trapaceiro e Tradutor que, para os de Escuta Aberta, fala dos Caminhos do Amor, juntamente com Vênus, a Senhora da Mente Humana, Deusa da Harmonia Libriana, que carrega a Balança da Verdade para, antes que cheguemos diante do Grande Juiz Saturno, às margens do Rio Noturno da Responsabilidade, nos conduzir pelas Veredas da Justiça e da Lealdade, da Digna Ação e da Humildade que abrem os Portais da Confiança e da Liberdade. Kíron vem lembrar da Ferida Sagrada que, não por nada, nem por acaso, está na Constelação Pisciana da Dissolução e do Cíclico Ocaso, e, nas Águas Profundas de Peixes, oferece-nos a Oportunidade de Resgatar nossa Identidade Perdida, de enfrentar a Dor da Verdade para ReEncontrar nossa Divindade Esquecida, 
Kubera, a Terra que Molda a Matéria Universal, o Barro Primordial, o Humos que Fertiliza todos os Reinos, desde a DensIdade da Pedra à SutilIdade Espiritual, habita o Terreno Fértil de Virgem, através de Júpiter, o Regente Cuidador da nossa Condição Corporal, Etérica e Animal, para que Exercitemos a Arte de Cuidar da Saúde e da Plenitude, pela Serena Atitude e pelo Exercício de Dar, Cuidar de todas as Ecologias, da Pessoa e do Planeta, do Carimbo e da Caneta, sempre sob a Luz e a Luneta e a Eterna Condenação de Aprender a Aprender a Amar. Enquanto Plutão, em Capricórnio, não deixará Pedra sobre Pedra, nos Caminhos da Arte de ComFiar.
Vayu, o Ar, Sopro Sagrado que nos Sustenta, Eternamente AoBemSoado pela Luz que nos Alimenta. Pneuma que, sem alarido ou celeuma, incondicional e voluntariamente nos Inspira, Vivifica e Alenta, da Santa Trindade que lhe cabe, que tudo Vê, tudo Escuta, tudo Sabe, Gêmeos, Libra e Aquário, do Mundo das Ideias, do Pensamento e do Imaginário, está representado por Lilith, a Deusa Negra da Pausa que, entre o Efeito e a Causa, representa o Intervalo na Respiração, o Pulso no Coração, o Vazio na Imensidão, a Pausa na Canção, enquanto as outras Casas estão habitadas pelo Nada, representante último do Sopro na Alquímica Jornada, onde tudo acontece, de onde tudo aparece, no Mistério Inefável, sofrível ou aceitável, que nos Ensina, através da Perda e do Perdão, da Dor da Desilusão, que Tudo está ligado a Tudo e que Nada é Indissociável.   
Eis a Configuração do Céu do Último Grau Anual do Momento. Que Sirva-nos de Meditação e de Alento!
Te vejo.

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