Mensagem do Meio Ambiente

A Epidemia do Mosquito

Do Quadro lá de casa

Toda Epidemia é criada pela MonoCultura,
a Cultura do Eu que enaltece a própria figura, em detrimento do Teu
que, por não ser Meu, não tem valor algum, é tido como nada ou nenhum.
Eis o princípio da Ruptura.
Ruptura é a quebra do decoro, a quebra do sigilo, a quebra do contrato,
uma canalhice tida como normal de fato, sinal dos sinos
da fofoca, do desrespeito próprio, do boato.
Colhe-se o que se planta, corrupção já não espanta,
quem semeia vento colhe tempestade,
quem quer tudo para si nunca cresce, logo desaparece,
é vítima da própria iniquidade, abre mão da Inteireza e vive pela Metade,
vive aos trancos e barrancos, agarrado à sua meia-verdade, equívoco e fatalidade.
Trocamos todas as nossas florestas, por soja e boi.
Cobras e lagartos, só da boca pra fora,
em baixíssima frequência sonora,
para ufanar as certezas que desconhecemos e as evidências que não vemos.
O Rio que perdemos ninguém sabe, ninguém viu, ninguém sabe aonde foi,
certamente deu lugar à soja e ao milho do boi.
Sapos?
Todos engolidos, pela Gula de homens famintos e perdidos.
Os Recursos Naturais?
Todos grilados e extorquidos
pela ganância e arrogância de homens equivocados e destituídos.
A Bio Diversidade?
Ficou na Saudade, só se fala dela na Universidade,
foi presa na Gaiola da Imoralidade,
foi arrancada para enfeitar o cabelo da Cruel Beldade,
foi estuprada pela Insaciedade da tal Sociedade,
foi dilacerada em toda sua Grandeza, destituída de toda Sua Beleza,
arrancada do Coração Compassivo da Floresta
e trancafiada no Coração Oprimido da Cinza Cidade,
onde homens microcefálicos, escondidos em seus Templos Metálicos,
religiosamente impõem suas atrocidades,
as quais chamam de "mais puras verdades".
Grande Mãe Terra, Grande Pai Sol, tenham, de nós todos, Piedade,
pois essas almas esquecidas não sabem o que fazem,
não percebem onde jazem, e que sobrevivem
nas garras da crueldade, vestida de bondade.
Mas e o Mosquito?....
Aquele do Zica Vírus da suposta Microcefalia?...
Pois é, foi criado pela Monocultura.
Aquela de apenas uma espécie de árvore na avenida,
aquela de apenas uma espécie de aves no terreiro,
de apenas dados viciados no tabuleiro,
de apenas uma raça que chegou primeiro,
de apenas um tipo de representante brasileiro,
de preferência um estrangeiro,
para manter uma humanidade inteira oprimida.
O Aedes Aegypti surgiu do Nada,
para advertir-nos que trocamos o Riso pela Piada,
que não temos representante na Esplanada,
que a Fome, em meio ao ComSumismo e ao Desperdício,
é a denúncia de uma história, há tanto tempo, mal contada.
Como o próprio nome revela, Aedes = Ódio e Aegypti = Egito,
foi gerado pela nossa própria mazela o inocente mosquito,
tratado novamente como um ser esquisito
e, por ser diferente, deve ser exterminado e rotulado como maldito.
Porém, bem sabemos que o inseto mosquito é a recapitulação das Profecias,
de tudo o que já foi dito,
desde Belo Monte às Pragas do Nilo que chora no Ventre do Egito,
sem Cobra, sem Lagarto, sem Sapo, sem Biodiversidade,
exterminados pelo Dragão da Insanidade,
para comer o mosquito.
Tenho dito.

Comentários

Postagens mais visitadas